Texto por Folha Pe – Programa lançado pelo governo federal visa facilitar a concorrência no setor e os ganhos de competitividade para as empresas, que podem ter melhor operação com novos aportes.
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O Programa do Novo Mercado de Gás do governo federal foi visto com bons olhos pelo setor industrial brasileiro. O programa que reúne medidas para reduzir o preço do gás natural foi lançado com a expectativa de que auxilie na retomada do crescimento econômico do Brasil.
O projeto vem sendo formado há meses por técnicos liderados pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e da economia, Paulo Guedes. O presidente Jair Bolsonaro (PSL) lançou o programa e também o Comitê de Monitoramento da Abertura do Mercado de Gás Natural, um comitê interministerial para coordenar a implementação de medidas que levarão à abertura do mercado de gás, onde se espera uma redução de pelo menos 40% no preço do gás nos primeiros dois anos e investimentos na construção da infraestrutura de transporte e distribuição de gás da ordem de R$ 38,2 bilhões.
De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o programa irá gerar benefícios para o setor, atraindo novos investimentos, estimulando a concorrência e aumento da produtividade do setor industrial.
Segundo o gestor da Gerência de Relações Industriais da Federação da Indústria de Pernambuco (Fiepe), Maurício Laranjeira, o novo mercado é importante por facilitar o acesso ao gás por parte das indústrias e das pessoas físicas. “Esse programa é bem interessante para a indústria, que abre o mercado, que é bem monopolizado pela Petrobras, e permite que outras empresas entrem, fazendo com que o preço seja mais interessante para a indústria, e tenha um preço competitivo, a indústria pode ser competitiva para exportação e mercado interno. Isso também interfere na pessoa física, porque compra o gás da Petrobras, que vai ter mais concorrência”, contou.
O gestor aponta também que em Pernambuco novas empresas de Gás Natural podem se inserir no mercado. “Com isso novos investimentos podem vir, em Pernambuco temos uma boa distribuição de gás, mas pela malha, novos empreendimentos podem vir por conta disso, capacidade de mão de obra, e outros fatores. Acho que pode surgir sim um concorrente para a Copergás, e atualmente a indústria é obrigada a comprar da Copergas e aqui agora podem comprar de outras empresas que pode surgir aqui. Depende muito se alguma empresa investir aqui”, destacou.
Para a especialista em energia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Juliana Falcão, com um mercado aberto, é possível que as empresas reduzam os seus custos, e novas indústrias do gás tenham uma nova atuação gerando empregos, por exemplo. “Com a queda do preço esperamos que as indústrias possam aumentar produção, eles aguardam a queda no preço para poder crescer. A partir de um mercado competitivo vemos a redução do preço como uma consequência. A gente tá imaginando que seja algo a médio e longo prazo, é uma quebra de mercado, de um monopólio e o mercado irá dar a resposta”, disse.
De acordo com Juliana esse novo mercado afeta os dutos, o processamento de gás, e o transporte, fazendo com que outras empresas assumam a distribuição. “Esse novo mercado de gás nada mais é um programa do governo com uma nova cara, nova medida para ser mais rápido na abertura do mercado. A indústria química o gás pode representar de 30% a 80% se ela tiver usando o gás como matéria-prima, como na fabricação de amônia, por exemplo, o que gera um custo. Esperamos que o preço caia e tenha abertura da oferta”, apontou a especialista.
Fonte original do texto: FolhaPe
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